A ameaça nuclear ucraniana: como a crise pode levar à reconstrução do arsenal atômico

Publicado por: Feed News
13/11/2024 05:14 PM
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Cortesia Editorial Ideia
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O papel do Reino Unido e da OTAN na prevenção do rearmamento nuclear ucraniano

Estudo revela que o país pode fabricar uma bomba rudimentar com plutônio extraído de reatores

 

A Ucrânia tem a capacidade de desenvolver uma bomba nuclear rudimentar dentro de meses, caso a ajuda militar dos Estados Unidos seja interrompida, de acordo com um documento preparado para o Ministério da Defesa ucraniano. O estudo revela que o país poderia criar rapidamente uma arma nuclear básica utilizando tecnologia similar à da bomba Fat Man, lançada em Nagasaki, em 1945. O The Times também escreveu sobre isso aqui.

 

Com nove reatores nucleares em operação e uma vasta experiência no campo da energia nuclear, a Ucrânia possui todos os recursos necessários para construir um dispositivo de plutônio. O documento detalha que, embora o país não tenha infraestrutura para enriquecer urânio de forma eficiente, poderia utilizar plutônio extraído das barras de combustível irradiadas em seus reatores em tempo de guerra.

 

O estudo estima que a Ucrânia tem acesso a cerca de sete toneladas de plutônio, material suficiente para fabricar um número considerável de ogivas nucleares de baixo rendimento. A previsão é de que o poder da bomba seja cerca de um décimo do da bomba lançada em Nagasaki, suficiente para destruir bases aéreas russas ou instalações militares chave.

 

A Ucrânia, que abriu mão de seu vasto arsenal nuclear em 1996, tem se esforçado para garantir segurança frente à ameaça russa. Especialistas ocidentais preveem que a criação de um programa nuclear ucraniano demoraria pelo menos cinco anos, mas analistas locais, como Valentyn Badrak, afirmam que a Ucrânia poderia desenvolver mísseis balísticos de longo alcance em menos de um ano.

 

Se a ajuda dos EUA for retirada, o Reino Unido pode ser uma opção para garantir a segurança da Ucrânia, seguindo os termos do Memorando de Budapeste, que originalmente garantiu a soberania ucraniana em troca da renúncia ao poder nuclear. No entanto, com o colapso da aplicação do memorando, a adesão à OTAN ou a reconstrução de um programa nuclear parecem ser as únicas alternativas restantes para garantir a defesa do país.

 

A Ucrânia está em uma corrida contra o tempo. A captura de cidades-chave por forças russas pode acelerar esse processo, e especialistas alertam para os riscos de uma escalada nuclear, caso as potências ocidentais não assumam um compromisso mais firme com a defesa ucraniana.

Nossa opinião é que, diante do cenário, a Ucrãnia não deixaria vazar uma informação desse tipo se não estivesse a meio caminho andado.

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