Presidente português afirma: Trump é um ativo russo

Publicado por: Feed News
29/08/2025 12:44 PM
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Cortesia Editorial Arquivo Pixabay
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Marcelo Rebelo de Sousa diz que Trump é “objetivamente um ativo russo”.

 

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou publicamente que Donald Trump é "objetivamente um ativo russo" e alertou os líderes europeus sobre as consequências de "minimizar o trumpismo".

As declarações foram feitas em 27 de agosto, durante a Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, Portugal, diante de jovens do partido e a CNN.

 

Segundo Rebelo de Sousa:

 

“O presidente dos EUA, Donald Trump, o líder supremo da maior superpotência do mundo, objetivamente, é um ativo soviético ou russo”.

 

Ele acrescentou ainda que a Europa falhou ao subestimar a influência de Trump e do trumpismo no cenário internacional.

 

Críticas à atuação na Guerra da Ucrânia

O presidente português avaliou que a atuação da administração Trump na Guerra Russo-Ucraniana não tem sido favorável a Kiev:

“Objetivamente falando, a nova liderança dos EUA favoreceu estrategicamente a Federação Russa”.

Rebelo de Sousa apontou como exemplo as “ameaças terríveis” dos EUA sobre sanções contra Moscou, que se repetem quase diariamente, mas sem execução prática. Para ele, Trump tenta se colocar como mediador de um conflito em que só estaria disposto a negociar “com um lado”, deixando Ucrânia e Europa em segundo plano.

 

A “história de Krasnov”

As observações no post do Facebook, reacendem antigas acusações de que Trump teria sido cultivado pela KGB.
Em 1987, o ex-agente Alnur Mussayev, então oficial da 6ª Diretoria da KGB, declarou que Trump foi recrutado sob o codinome “Krasnov”, quando tinha 40 anos.

 

O tema já havia sido explorado em American Kompromat (2021), de Craig Unger, com base nos relatos do ex-KGB Yuri Shvets, que afirmou ao Guardian em 2021. que Moscou celebrava o fato de Trump reproduzir “propaganda antiocidental” desde a década de 1980.

 

Segundo Shvets, a aproximação começou ainda em 1977, após o casamento de Trump com Ivana Zelnickova, modelo tcheca monitorada pelo serviço secreto da Tchecoslováquia em cooperação com a KGB. Em 1987, Trump visitou Moscou e São Petersburgo, onde teria recebido atenção especial de agentes soviéticos que o encorajaram a ingressar na política.

 

Diplomacia recente

Mais recentemente, Trump convidou Vladimir Putin para um encontro no Alasca, em 15 de agosto. Após a reunião, Trump declarou que um cessar-fogo não estava em pauta, mas sim um “acordo de paz rápido e abrangente”. A decisão foi interpretada por analistas como mais uma concessão a Moscou.

 

Samantha Vinograd, ex-conselheira do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, classificou a cúpula como “uma enterrada diplomática para Vladimir Putin”. Pouco depois, porém, a diretora nacional de inteligência, Tulsi Gabbard — ela própria acusada no passado de ligações com a Rússia — revogou a autorização de segurança de Vinograd e de outros 36 ex-agentes. Hillary Clinton se referiu a Gabbard como "a favorita dos russos".

 

Contexto político

Embora o presidente português tenha papel sobretudo cerimonial, as suas palavras têm peso político. Ao declarar que a Europa “minimizou o trumpismo” e que houve negligência diante da possibilidade de uma mudança súbita no equilíbrio de poder mundial, Marcelo Rebelo de Sousa lançou um duro alerta aos líderes europeus sobre os riscos de ignorar os sinais.

 

Convite para o próximo artigo da TV Forense:

No próximo artigo da TV Forense, analisaremos como o “trumpismo” influencia diretamente o equilíbrio das relações internacionais e o sistema jurídico global, expondo seus reflexos na Europa e na América Latina.

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