Operação Web marca o maior revés aéreo da Rússia na guerra, com o uso de drones lançados de caminhões em solo russo. O plano foi coordenado por Zelensky e executado com precisão por 117 operadores ucranianos.
O dia 1º de junho de 2025 entrou para a história como um dos momentos mais ousados e devastadores da guerra entre Rússia e Ucrânia. Batizada de Operação Web, uma ação coordenada pela inteligência ucraniana (SBU) conseguiu atingir simultaneamente quatro bases aéreas em território russo, a quase 4 mil quilômetros da fronteira, destruindo 41 aeronaves militares, incluindo bombardeiros estratégicos e aviões de alerta aéreo que representam bilhões em prejuízos.
A operação, planejada há 18 meses com envolvimento direto do presidente Volodymyr Zelensky, surpreendeu pela tática: drones foram transportados em caminhões comuns com contêineres adaptados para abertura remota. Uma vez posicionados próximos aos alvos, os drones foram ativados e lançados diretamente do solo russo — muitos motoristas sequer sabiam o que carregavam.
O ataque não usou drones de longo alcance, mas sim pequenos e letais drones FPV com IA embarcada, capazes de identificar e acertar alvos estratégicos automaticamente. Entre os alvos atingidos estavam bombardeiros Tu-95 e Tu-160, porta-mísseis nucleares, e o valioso A-50 Oplot, aeronave crítica para controle de tráfego aéreo russo, avaliada em mais de US$ 300 milhões.
Segundo a SBU, 34% dos bombardeiros estratégicos da Rússia foram danificados ou destruídos, causando um impacto direto na capacidade de ataque à distância da Federação Russa. Especialistas comparam o ataque à ousadia de Pearl Harbor, pela surpresa e pelo efeito moral.
O ataque também carrega um forte simbolismo. A Ucrânia mostra ao mundo que continua viva, criativa e capaz de romper as defesas russas, mesmo com menos recursos. Mais que um golpe militar, a Operação Web é uma mensagem clara à Moscou e ao Ocidente: a guerra está longe de terminar e a Ucrânia não se renderá.
A operação foi concluída com sucesso. Todos os agentes retornaram em segurança. Moscou, como de costume, deve anunciar prisões e tentativas de controlar a narrativa. Mas os danos estão feitos — e as imagens de hangares destruídos já circulam.
Tudo isso acontece às vésperas de uma nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia na Turquia. Agora, Putin negocia sob a sombra da fragilidade de suas defesas internas, enquanto a Ucrânia chega à mesa de forma mais fortalecida — e temida.
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No próximo artigo especial: “Tecnologia Silenciosa, Impacto Brutal: Como Drones com IA estão Mudando as Guerras Modernas”, você entenderá o papel da inteligência artificial em estratégias militares e por que as guerras nunca mais serão as mesmas.